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Consumo brasileiro deve atingir R$ 6,7 trilhões em 2023, segundo pesquisa IPC Maps

Pesquisa aponta para crescimento mais lento; Marcos Pazzini (foto) da IPC Marketing.

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Editora comenta sobre os novos índices da pesquisa

Com base na atual expectativa de alta do PIB em apenas 1,2%, as famílias brasileiras
deverão gastar cerca de R$ 6,7 trilhões ao longo deste ano, o que representa um
aumento real de 1,5% em relação a 2022. Essa é a conclusão da pesquisa IPC Maps
2023, especializada há quase 30 anos no cálculo de índices de potencial de consumo
nacional, de acordo com fontes oficiais.
 
Segundo Marcos Pazzini, sócio da IPC Marketing Editora e responsável pelo estudo, a
movimentação ainda é baixa em comparação ao incremento de 4,3% verificado no ano
passado, quando a economia se reergueu dos reflexos negativos da pandemia, somado
aos repasses de valores significativos, por meio de programas sociais à população mais
carente.

“As benesses do então Governo Federal deixaram um saldo negativo ao atual,
que não tem condições financeiras, pelo menos por enquanto, de puxar o progresso
econômico por meio do consumo das famílias, principalmente aquelas de baixa
renda”, avalia.


Por outro lado, o levantamento indica a ampliação em 5% do perfil empresarial no
País, resultando em mais de 1 milhão de novas unidades nos setores de indústria,
serviços, comércio e agribusiness.


Destaque para o Sul do Brasil
 
Outro destaque é a região Sul que, devido ao processo de migração social positiva,
com uma quantidade maior de domicílios nas classes mais altas, recupera sua
tradicional vice-liderança e ultrapassa o Nordeste no ranking de consumo entre as
regiões brasileiras. “Enquanto a média nacional da evolução nominal do potencial de
consumo é de 7,5%, no Sul esse número é de 9,4%, graças ao desempenho das classes A, B1 e B2 que apresentam uma elevação de, respectivamente, 19,7%, 13,6% e 20,4%”, explica o pesquisador.


Regiões metropolitanas aumentam sua presença


O trabalho mostra, ainda, uma ligeira alta na participação das 27 capitais no mercado
consumidor (de 29,07% para 29,08%), após anos de quedas consecutivas. Em
ascensão, também, estão as regiões metropolitanas, que passam a responder por
16,92%, enquanto o interior reduz sua presença para 54% no cenário nacional. 
Pazzini lembra que, de 2022 para 2023, a quantidade de empresas subiu 3,5% no
interior e 6,7% nas capitais e regiões metropolitanas, contra 5% da média nacional.


“Esse cenário pode ser explicado pelo home office, pois mesmo que a empresa
funcione em grandes centros, ela não necessita mais de grandes áreas de escritórios.
Aliado a isso, há uma oferta maior de imóveis corporativos para locação, com preços
inferiores aos praticados antes da pandemia”, afirma.

Hábitos de consumo


Já, quanto aos hábitos de consumo, esta edição da IPC Maps confirma a elevada
despesa com veículo próprio, superando diversos setores, inclusive o de alimentação e
bebidas no domicílio, em função, sobretudo, da crescente demanda por transportes
via aplicativos e delivery, tanto pelo consumidor, quanto pelos trabalhadores.

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