EMPREENDEDORISMO

Amigas faturam R$ 1,5 milhão com confeitaria inclusiva através de formação online

A Plantlife ensina alunos a estruturar e administrar um negócio lucrativo de alimentação inclusiva do zero; Mais de 2 mil pessoas já fizeram a formação chancelada pelo MEC

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A alimentação inclusiva, abordagem alimentar que busca atender às necessidades e
restrições dietéticas de diversas pessoas, está em alta no Brasil. De olho nesse
crescente mercado, Manoela Braghini e Carolina Yamamoto comandam, desde 2018,
Plantlife, escola de confeitaria inclusiva e negócios.

Carol sempre gostou de fazer doces. Quando cursava Engenharia, aproveitava para
vender suas produções, até então feitas com ingredientes tradicionais. A partir daí viu
uma oportunidade de investir em sua habilidade, e deixou a faculdade para se dedicar
aos doces.

Começou a se especializar em culinária inclusiva quando foi trabalhar com Manoela,
em sua confeitaria recém-aberta na Vila Madalena (SP), em 2017. A proposta era ser
um espaço onde pessoas com qualquer tipo de restrição alimentar podiam ter opções
saborosas. As criações da chef Carol começaram a ser baseadas na substituição de
ingredientes tradicionais por opções sem leite, sem glúten, sem açúcar branco e sem
origem animal. As receitas são idealizadas e testadas até chegarem a uma versão 100%
vegetal com a mesma qualidade de texturas e sabores dos doces tradicionais.

“Dispensamos os ingredientes de origem animal e substituímos por alternativas mais éticas, saudáveis e saborosas de origem vegetal, garantindo a aparência, sabor e textura dos doces tradicionais. Tudo isso é ensinado em videoaulas gravadas em alta qualidade, com riqueza de detalhes”, explica Carol.

Trabalhando juntas, Carol na cozinha e Manoela na gestão, elas começaram a atender
a uma demanda latente de cursos para aprender a culinária inclusiva, a pedido de
clientes da confeitaria. A princípio montaram um curso presencial com todos os

aprendizados que tiveram na criação da confeitaria. Com a pandemia, passaram tudo
para o modelo online. Em 2022, fecharam a confeitaria para dedicação exclusiva à
escola, e assim seguem até hoje com números crescentes.

“Além de aprender a fazer receitas inclusivas, os alunos também têm um passo a passo
para estruturar e administrar um negócio lucrativo, mesmo que trabalhe só na cozinha
de casa. Isso fez com que conseguíssemos atingir tanto a pessoa que deseja
empreender nesse ramo quanto quem deseja iniciar ou aprimorar seus conhecimentos
de culinária inclusiva para fazer em casa”, destaca Manoela.

Formação Plantlife

O principal produto é a Formação Plantlife, curso online com metodologia própria que
ensina passo a passo como começar um negócio de alimentação com receitas sem
leite, sem glúten, sem açúcar branco e ingredientes de origem 100% vegetal. O curso é
chancelado pelo MEC através da Faculdade de Brasília. Isso significa que é reconhecido
como uma extensão universitária de capacitação que ensina uma profissão ao aluno.

São mais de 300 aulas práticas e objetivas, divididas em módulos que ensinam desde
os conceitos para a criação da marca, passando por todos os pontos para a gestão de
um negócio, a construção de um projeto-piloto para testar as primeiras vendas até
chegar ao módulo final, que ensina como fazer o negócio crescer. O curso conta ainda
com mais de 100 receitas de doces veganos e módulos extras lançados periodicamente
para inspirar na hora de criar o produto ideal.

O método de ensino utilizado na Plantlife foi desenvolvido por Manoela e Carolina. Ele
é baseado em mais de 10 anos empreendendo em aulas práticas sobre branding e
posicionamento, fotografia, redes sociais, atendimento ao cliente, vendas,
precificação, gestão financeira, tabela nutricional e rotulagens, boas práticas, receitas
e outros.

O processo tem 4 fases, denominadas os 4Cs. A primeira fase, Compreender, fala sobre
modelo de negócio e oportunidades do mercado de confeitaria inclusiva ideais para
cada perfil. Na segunda, Comprovar, é feito um projeto-piloto para testar a ideia e
produtos no mercado, definindo a persona e fazendo as primeiras vendas. O terceiro
módulo, Construir, ensina a formatar um negócio de forma profissional, construindo
uma marca relevante e criando processos e políticas de operação de cozinha,
administração financeira e vendas. No quarto módulo, Crescer, é hora de aprender a
aumentar a base de clientes, otimizar a produtividade, avaliar a possibilidade de
contratar pessoas e medir seus resultados financeiros.

Mercado em alta

Os resultados da Plantlife desde sua criação segue a tendência de crescimento da
alimentação inclusiva. Em um país onde 40% das pessoas tem dificuldade em digerir
lactose (ANAD), 14% se declaram vegetarianos (IBOPE), 17 milhões de adultos são
diabéticos (Federação Internacional de Diabetes), investir em um negócio que garante o acesso a alimentos adequados às necessidades individuais tem se mostrado uma oportunidade promissora. E os números comprovam isso.

Até maio de 2023 a escola já somou 2.400 alunos, o dobro que tiveram durante todo o
ano passado. Em 3 anos de operação faturaram R$ 1,5 milhão, o que rendeu a elas o
título Hotmart Black, reconhecimento oferecido aos empreendedores digitais quando
alcançam a marca de R$ 1 milhão em vendas do seu infoproduto. Para este ano, a
expectativa é faturar R$ 2 milhões.

“O curso é focado nas pessoas que desejam trabalhar com confeitaria inclusiva, mas também somos muito procuradas por quem quer aprender as receitas para ter opções de doces mais balanceadas em casa”, afirma Manoela.

Para quem não vislumbra uma carreira na área de alimentação inclusiva, mas quer
aprender a fazer as receitas, a Plantlife disponibiliza algumas receitas exclusivas em
vídeos gravados e aulas ao vivo toda quarta-feira em seu canal no Youtube. As criações
são da sócia e chef confeiteira Carolina Yamamoto, especialista em doces sem farinha
de trigo e ingredientes de origem animal.

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