FRANQUIAS

Focado na diversidade e no custo-benefício LOFT tem o maior catálogo de artigos eletrônicos do Brasil

Negócio é comandado pelos empresários Marcos André e Rachel Fita, que trocaram uma carreira estável na Imaginarium para rivalizar com os grandes players da tecnologia

Published

on

Trabalhando com vendas, encontramos clientes que se preocupam mais com o design de um produto, e aqueles que priorizam suas funcionalidades. Mas também há quem acredita que beleza e função devem andar de mãos dadas, e foi com esse pensamento que Marcos André criou a LOFT, marca com o maior catálogo de artigos eletrônicos do mercado brasileiro. Focando na diversidade e no custo-benefício, passou a fazer frente aos grandes players internacionais, mostrando que o varejo ainda tem muita lenha pra queimar.

A história dos atuais sócios e diretores da marca, Marcos André e Rachel Fita, começou quando Marcos era diretor executivo da Imaginarium, onde atuou por mais de duas décadas. Quando a loja de presentes começou a contratar, Rachel, com apenas 19 anos, entrou no mundo das franquias como recepcionista, onde se conheceram. A parceria logo rendeu frutos, e a carioca assumiu a parte de franchising e expansão da Imaginarium alguns anos mais tarde.

Enquanto tornavam a Imaginarium líder no seu segmento, a dupla percebeu algo – a sazonalidade do negócio. “Era um nicho que dependia muito de datas comemorativas para funcionar, o que de certa forma retardava um pouco seu crescimento”, afirma Rachel Fita. Então, Marcos decidiu entregar o cargo estável em busca do seu próprio empreendimento, um que funcionasse em qualquer época.

Criando o seu próprio negócio

Inquieto, realizou uma viagem até a China buscando aprender mais sobre os diferentes nichos e, do outro lado do mundo, percebeu um gargalo tecnológico que estava por vir. Notou que existiam apenas dois modelos de negócios para smartphones e acessórios no Brasil – o utilizado por grandes marcas do ramo, que afastavam os clientes por conta dos preços agressivos e pouca variedade de mix, e os “informais”, que traziam valores acessíveis, mas de procedência e qualidade duvidosas.

Assim, o empresário decidiu investir no setor, seguindo o modelo tradicional dos grandes players, mas oferecendo um preço menor para produtos de qualidade, entregando maior variedade ao consumidor e otimizando o custo-benefício. A primeira unidade da LOFT surgiu no Rio de Janeiro, em 2013. Um ano depois, foi a vez de Rachel deixar a diretoria da Imaginarium e embarcar no sonho do colega, formatando as franquias e expandindo a rede de forma nacional.

Tudo em todo lugar ao mesmo tempo

Enquanto a maioria do setor se posiciona como um marketplace, revendendo produtos de outras marcas, a LOFT se diferencia por investir em sua linha própria, que agrega design e funcionalidade. O catálogo inclui mais de 1.200 itens de marca e desenvolvimento próprios, entre periféricos, smartwatches, speakers, fones de ouvido e demais eletrônicos. Isso fez com que a rede se tornasse a única do segmento a possuir quatro selos de excelência da ABF (Associação Brasileira de Franchising), o último no ano de 2023.

“Mais do que produtos, queremos oferecer soluções inteligentes para quem busca simplificar as atividades diárias. O setor de tecnologia possui milhares de opções e funcionalidades, então escolher algo é um desafio. Por isso é comum observamos certas dores e inconformismo por parte dos consumidores. Nossos designs são pensados de forma direcionada, para diferentes públicos. Não basta apenas ter uma variedade de itens, mas saber o que cada um busca e entregar isso”, explica Rachel.

E se por um lado a tendência de mercado é investir no e-commerce, a marca se destaca ao priorizar as lojas física e o atendimento humanizado. Com mais de 40 unidades espalhadas pelo Brasil e outras quatro inaugurações até o final do ano, a ideia é fortalecer ainda mais o varejo e ter tudo, em todo lugar, ao mesmo tempo.

A iniciativa tem gerado um resultado impressionante – enquanto o varejo se mantém numa neutralidade, intercalando entre meses de queda e pouco crescimento, as lojas da marca tiveram um aumento de 50% de vendas em relação ao ano anterior, e a rede deve superar a casa dos R$50 milhões de faturamento este ano.

Entrando no mundo dos serviços

Com o sucesso dos produtos garantido, a LOFT decidiu embarcar em uma nova jornada e investiu pesado no ramo dos serviços. Apesar de oferecer assistência técnica para celulares desde seu surgimento, recentemente a empresa observou que aproximadamente um terço da receita é decorrente dessa categoria, o que fez com que os sócios buscassem uma forma de inovar dentro da área.

Assim, eles fecharam contrato com a empresa de tecnologia internacional Nsys Group, que fornece um sistema de certificação e garantia, antes e a após o reparo. Operado pelo próprio vendedor, o processo tem como objetivo tirar dúvidas e garantir credibilidade durante os atendimentos – em menos de 5 minutos, mais de 40 testes são feitos no aparelho, podendo identificar até 80 defeitos não visíveis.

A escolha é benéfica não apenas para o cliente, mas também para os franqueados. O laudo técnico gera confiabilidade e segurança, garantindo uma boa margem de lucro e aumentando a rentabilidade da unidade. Isso faz com que o lucro médio mensal seja cerca de 20% a 25%, e permite recuperar o valor investido dentro do prazo de um ano.

Além disso, a empresa está entrando em um novo mercado – o de compra e revenda de smartphones seminovos. Além de contribuir com questões sustentáveis e reforçar o papel de responsabilidade social, a iniciativa serve como uma terceira fonte de receita ao franqueado, ao lado da comercialização dos produtos e a assistência técnica.

“O mercado de aparelhos seminovos já movimenta bilhões em todo o mundo, e vem ao encontro com nossa proposta de economia circular e valores de ESG. Com essa entrada, seremos a única loja que vai poder oferecer tudo ao cliente em um só lugar, especialmente com o laudo do estado do telefone, garantindo transparência e segurança ao cliente”, finaliza Rachel, analisando a próxima etapa de posicionamento e expansão da marca.

A LOFT possui investimento inicial a partir de R$ 150 mil, e a rede não cobra taxa de publicidade. O faturamento médio mensal é de R$ 80 mil (modelo quiosque) e de R$ 100 mil (loja), com prazo de retorno estimado entre 12 a 18 meses.

PRA VOCÊ LER

Sair da versão mobile